Inteligência Artificial na área jurídica
Entre as áreas que a inteligência artificial (IA) promete revolucionar nos próximos anos está uma que pode surpreender, dado o seu perfil tradicionalista: o Direito. A Inteligência artificial é uma oportunidade para preencher lacunas na área jurídica, e eliminar processos engessados e burocráticos – como, por exemplo, serviços de cartórios – por meio da adoção de robôs inteligentes, que prometem coletar, sistematizar e interpretar informações de maneira ágil e eficiente, promovendo melhorias no atendimento aos clientes e redução de custos para os escritórios.
Um exemplo da tecnologia reinventando a área jurídica é a criação do COIN (Contract Intelligence), programa utilizado pelo JPMorgan – maior banco dos Estados Unidos – para interpretar acordos de empréstimos comerciais: com ele, a máquina demora segundos para revisar acordos financeiros que, antes, ocupavam em média 360 mil horas por ano dos advogados. O COIN utiliza técnicas de machine learning e big data e processa dados para identificar padrões – está, portanto, menos propenso a erros, pois automatiza atividades de codificação e tem capacidade ilimitada de processamento. Também pode ser útil contra calotes e contratos de custódia.
LEIA MAIS:
Inteligência artificial e o mercado financeiro: auxílio na otimização de processos e no gerenciamento de riscos
Educação: novos recursos tecnológicos e melhor compreensão do processo de ensino-aprendizagem
Empresas brasileiras precisam avançar em Deep Learning
Com o aprendizado de máquina, a inteligência artificial também visa diminuir custos de determinados serviços jurídicos. É o caso, por exemplo, de startups que contam com “advogado-robô” – uma combinação de chatbot com IA que, no caso da inglesa DoNotPay, leva a democratização do acesso a serviços jurídicos ao extremo, oferecendo oportunidades gratuitas na área. Outras startups também têm tornado serviços jurídicos menos custosos (como a ROSS, da IBM; Linte; Luminance; a brasileira Intelivix; Legal Labs), ao permitir que, em casos mais simples e tarefas mecânicas, o trabalhador humano seja substituído pela máquina. Um verdadeiro facilitador de soluções!
Mas, com tanta inovação, será que um dia a IA no Direito substituirá o trabalho humano?
Esta não é a opinião de Sterling Miller, advogado especialista em litígio e privacidade de dados, e nem de Dana Deasy, Diretora de Informação do JPMorgan. Para Miller, embora cargos jurídicos possam ser eliminados com a tecnologia – pessoas que realizam trabalhos mais mecânicos, por exemplo –, novos também serão criados – especialmente advogados-programadores, justamente para desenvolver IA.
Deasy corrobora esta ideia. Para ela, a utilização de IA incentiva as pessoas a trabalharem em atividades de maior valor agregado – e isso faz com que a empresa tenha que se reinventar, trazendo novas oportunidades às equipes e às instituições. Alguém duvida que a IA irá revolucionar – positivamente – também a área jurídica?
Pioneira na oferta de treinamentos na área, especialmente em deep learning que é o segmento de inteligência artificial de maior evolução nos últimos 5 anos no mundo, e no desenvolvimento de soluções customizadas para diversos segmentos de mercado, a NeuralMind visa acelerar a adoção da tecnologia na indústria brasileira. O mercado do deep learning deve atingir 2 bilhões de dólares até 2022 e está em acelerada expansão global, no Brasil poucas empresas ainda utilizam em seus negócios. Fundada por pesquisadores da Unicamp, além de formar profissionais na área, a startup já desenvolveu soluções para leitura de placas de veículos e está buscando empresas com problemas reais que a inteligência artificial possa aumentar a produtividade, eficácia e produzir experiências únicas para o cliente. Interessados em interagir com essa empresa Campineira inovadora podem contatar seu time no site www.neuralmind.ai.
Fonte: Independent, Startse