Como interagir com as novas aplicações de IA?

30 de set. de 2025

30 de set. de 2025

4 minutos de leitura

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A inteligência artificial (IA) está evoluindo em um ritmo impressionante, realizando tarefas cada vez mais complexas e que antes eram consideradas exclusivas da inteligência humana. Um recente relatório da TechRadar revelou que 40% da população do Reino Unido e 34% da dos EUA utilizam IA generativa diariamente ou várias vezes ao dia, sendo o seu principal uso voltado para estudos e pesquisas.

Com um crescimento tão acelerado, muitos usuários, principalmente no mundo empresarial, enfrentam dificuldades para acompanhar as novidades da área e acabam deixando de aproveitar ao máximo essa tecnologia. Por isso, compreender como a IA funciona e aprender a interagir com ela de maneira prática e estratégica é essencial para o mercado competitivo atual.


Você verá neste artigo:

  • Por que interagir com a IA se tornou essencial em empresas e governos;

  • Dicas práticas para usar a IA de forma consciente e estratégica;

  • Impactos da regulamentação e do uso crescente da IA no Brasil e no mundo.


Por que aprender a interagir com a inteligência artificial é importante?

As aplicações de inteligência artificial já fazem parte do dia a dia de trabalhadores de diferentes setores, inclusive em setores regulados. Hoje, muitas empresas utilizam soluções de IA para otimizar processos, reduzir custos e ampliar a eficiência da organização e, nesse cenário, saber interagir com ferramentas de IA deixou de ser um diferencial para se tornar uma habilidade muito requisitada pelo mercado de trabalho.

Para além de essa tecnologia estar cada vez mais presente no nosso cotidiano, aprender a interagir com as novas aplicações de IA tanto traz benefícios — principalmente para empresas —, quanto possibilita que o usuário assuma uma postura mais consciente e, consequentemente, mais responsável diante da tecnologia.

Esse movimento já é evidente. Segundo uma pesquisa promovida pela McKinsey, 78% das organizações entrevistadas usam IA em pelo menos um setor da empresa, especialmente em TI, marketing e vendas. Isso mostra que a interação com a inteligência artificial deixou de ser uma tendência e se tornou parte da rotina de negócios em escala global.


A inteligência artificial marca presença em órgãos governamentais

A adoção da inteligência artificial não se limita a empresas privadas: órgãos governamentais em todo o mundo já utilizam essa ferramenta para otimizar serviços públicos e melhorar a interação com os cidadãos.

No Brasil, está em debate o Projeto de Lei 2338/23, que regulamenta o uso da IA, classificando tais sistemas “quanto aos níveis de risco para a vida humana e de ameaça aos direitos fundamentais”. A proposta reflete uma preocupação crescente em alinhar inovação tecnológica e segurança jurídica.

Durante os debates na Câmara dos Deputados, Antônio Marcos Guimarães, consultor do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central (Bacen), destacou: 

“São poucos os países no mundo que podem se orgulhar de um sistema financeiro tão inovador como o brasileiro. Essa trajetória inspira nós, do Banco Central, a acreditar que o Brasil pode não apenas acompanhar, mas liderar a revolução de inteligência artificial".

Na mesma linha, especialistas como Gilberto Lima Júnior, presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social, reforçam o potencial da inteligência artificial para transformar a administração pública, mesmo que a adoção ainda seja incipiente. Um exemplo concreto desse esforço é o Jurema-7B, modelo de linguagem desenvolvido pela NeuralMind em parceria com o Escavador e financiamento FINEP, projetado para auxiliar processos no judiciário brasileiro.

O debate público sobre o uso adequado da inteligência artificial consolida a importância dessa tecnologia na sociedade atual e reforça a necessidade de que cidadãos e profissionais aprendam a interagir de forma consciente com as novas ferramentas.


Dicas práticas para interagir melhor com as aplicações de IA

Receber um resultado positivo por parte de ferramentas de IA depende essencialmente de como o usuário interage com ela. No contexto pessoal e, sobretudo, empresarial, conhecer boas práticas de uso é fundamental para que o usuário se previna de riscos, como o vazamento de informações sensíveis, e saiba extrair bons resultados, especialmente em novas aplicações da inteligência artificial.


  1. Conheça a tecnologia e entenda os seus limites

O primeiro passo para empregar qualquer tecnologia, é entender como ela funciona. No caso da IA, isso significa entender quais dados ela utiliza, em quais contextos ela pode ser aplicada e quais problemas ela é capaz de resolver. Também é preciso ter em mente que, apesar do avanço diário, a IA tem limitações importantes que não podem ser desconsideradas:

  • Atualização de dados: muitos modelos não têm acesso a informações em tempo real e podem ficar desatualizados.

  • Vieses: os modelos podem gerar respostas que perpetuam estereótipos e desigualdades sociais, fato que precisa ser considerado ao se interpretar resultados.

  • Segurança: é essencial garantir o tratamento correto dos dados, respeitando leis como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) no Brasil.

Esse conhecimento prévio ajuda a evitar frustrações e permite que o usuário faça escolhas mais seguras e responsáveis ao interagir com a IA ou aplicá-la em uma empresa.


  1. Use comandos claros: 

Um dos segredos para obter respostas realmente relevantes em ferramentas de IA generativa está diretamente ligado à forma como formulamos as solicitações, conhecidas como prompts. A estrutura, a clareza e até o nível de detalhe incluído no pedido podem influenciar profundamente a qualidade da resposta. Quanto mais específico e contextualizado for o prompt, maiores são as chances de a IA compreender a intenção do usuário e retornar informações úteis, precisas e alinhadas ao que se busca.

Isso significa que, além de simplesmente “fazer uma pergunta”, é importante aprender a guiar o modelo, fornecendo referências, delimitando objetivos e, quando necessário, dando exemplos que ilustrem o resultado esperado. Assim, dominar a arte de criar bons prompts torna-se uma habilidade essencial para extrair o máximo valor das soluções de IA generativa no dia a dia.

Caso a resposta fornecida pelo modelo não supra as necessidades do usuário, reformular a pergunta, fornecer exemplos e contextos adicionais e pedir opiniões diversas sobre um mesmo tema são algumas estratégias que podem ser usadas para construir um bom prompt.


  1. Utilize a IA como ferramenta, não como autoridade final

A inteligência artificial não está imune a erros. A própria OpenIA, desenvolvedora do ChatGPT, deixa claro que a ferramenta pode alucinar, ou seja, inventar informações. Por isso, recomenda-se sempre revisar as respostas fornecidas pelo modelo.

Nesse sentido, a IA deve ser vista como uma ferramenta de apoio, não como um substituto da pesquisa humana. Ela é útil para criar rascunhos, organizar ideias e sugerir insights, mas as informações por ela fornecidas precisam ser verificadas por fontes confiáveis. Esse processo de revisão, chamado de human-in-the-loop, é essencial para garantir qualidade e confiabilidade no uso da tecnologia.


  1. Explore além do óbvio

Embora os chatbots sejam a face mais popular da IA, o potencial dessa tecnologia vai muito além de responder a dúvidas rápidas. Principalmente com suas novas aplicações, ela pode ser aplicada a diversos contextos, por exemplo na organização pessoal, como construção de rotinas de estudo, na criação de roteiros de viagem, no desenvolvimento de propostas comerciais, na criação de estratégias de marketing e também na programação. 

Explorar diferentes usos da IA permite descobrir novas formas de aumentar a produtividade e a criatividade no dia a dia.


A Inteligência Artificial já é o presente

De acordo com um levantamento do Google Cloud, 66% das empresas que se prepararam para adotar IA relataram ganhos de eficiência operacional, enquanto 57% melhoraram a experiência do cliente e 49% aceleraram seus processos de inovação.

Esse impacto não se restringe a empresas. No nível individual, um estudo da Salesforce revelou que o uso diário de IA entre trabalhadores cresceu 233% em apenas seis meses. Hoje, três em cada cinco profissionais utilizam essas ferramentas todos os dias e apontam ganhos expressivos em produtividade (64%), foco (58%) e até mesmo em satisfação no trabalho (81%).

Além disso, no Brasil, a discussão legislativa em torno do Projeto de Lei 2338/23 aponta para a construção de um ambiente mais seguro e transparente para o uso da inteligência artificial. Esse movimento pode impulsionar ainda mais a adoção da tecnologia, tanto no setor privado quanto no público, trazendo novas expectativas tanto para empresas quanto para profissionais que querem se destacar no mercado.

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