Descubra como utilizar IA para fomentar a inovação nos ambientes corporativos
Inteligência artificial e inovação são quase sinônimos. Na chamada “Era da Informação”, a inovação abriu espaço para a Era da IA, ou Era da Inteligência. Isto é, a informação por si só já não basta: a grande novidade desse momento é a capacidade das máquinas de interpretar, aprender e processar grandes volumes de dados em tempo recorde.
No ambiente empresarial não está sendo diferente. A busca por automação e alta performance nas empresas esbarra com o boom e a popularidade de ferramentas inteligentes disponíveis no setor, ferramentas estas que otimizam a rotina com eficiência e fomentam a inovação corporativa.
Esse tipo de estratégia tem sido adotado no Brasil e na América Latina, regiões que entendem a importância da IA para se adequar às demandas mais atuais do mercado global. Mas, afinal, como utilizar IA para fomentar a inovação nos ambientes corporativos? Saiba mais no artigo que preparamos sobre o assunto.
Você verá neste artigo:
Pesquisas e levantamentos nacionais sobre inteligência artificial e inovação nas empresas;
Aplicações práticas da IA no ambiente corporativo;
Vantagens ao usar ferramentas inteligentes para fomentar a inovação empresarial;
Desafios ao integrar ferramentas de IA.
O que apontam os números sobre IA e inovação no Brasil
Pesquisas e levantamentos sobre inteligência artificial e seus desdobramentos têm sido cada vez mais requisitadas e necessárias para compreender o cenário de inovação no país.
Os números apontam um crescimento exponencial com o passar dos anos, reforçando o potencial dessas ferramentas em trazer mais eficiência e lucratividade para as empresas brasileiras. Confira alguns dados:
Estudo da Microsoft e Edelman Comunicação:
Mais de 70% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já utilizam inteligência artificial em alguma atividade profissional. O cenário demonstra que independente do porte, o uso da IA na rotina já faz parte da realidade do mercado corporativo;
59% das organizações disseram terem avançado na adoção da IA em 2023;
De acordo com o estudo, os investimentos em tecnologia aumentaram 20% em 2023, em comparação com o ano interior. “Ficaram atrás apenas dos destinados à tecnologia de armazenamento em nuvem, que recebeu 56% do dinheiro destinado à inovação.";
Sobre as empresas que nasceram no mundo digital, a busca por avanços tecnológicos ficou 25% maior do que as que não são nativas da internet. Entretanto, o investimento também se ateve à segurança cibernética.
“Quando uma tecnologia evolui, também surgem novas formas de ameaças cibernéticas e atuar na mitigação desses riscos precisa fazer parte das estratégias e investimentos das empresas.” - Andrea Cerqueira, vice-presidente da Microsoft no Brasil.
4ª edição da pesquisa da Bain & Company sobre a adoção da IA generativa):
Mais de 67% das empresas do Brasil consideram a IA como uma de suas cinco prioridades estratégicas;
Para 17% das organizações, essa tecnologia já é prioridade nos investimentos;
Em relação ao ano passado (12%), um quarto das empresas nacionais têm hoje ao menos uma aplicação de uso baseado em IA;
O estudo confirmou que empresas que implementam a IA generativa aumentam 14% na produtividade e 9% dos resultados financeiros;
Um leve crescimento ocorreu ainda no número de negócios que estão na fase de experimentação ou que já possuem pelo menos um caso de uso;
Para reforçar essa tendência, o único percentual que decresceu (-15%) foi o das organizações que ainda não utilizam IA;
Apesar dos números positivos, cerca de 39% dos entrevistados acreditam que desafios como infraestrutura tecnológica e escassez de especialistas seguem sendo os principais obstáculos para uma implementação mais avançada;
Sobre as principais aplicações da IA generativa, as ferramentas de produtividade, finanças, marketing, chatbots e desenvolvimento de softwares são as mais usadas;
Entre os usuários brasileiros, o uso da IA na rotina também está em expansão, já que 62% dos entrevistados dizem estar familiarizados com ferramentas inteligentes e 18% as utilizam com certa frequência.
“A IA generativa vai além de uma inovação tecnológica; ela redefine modelos operacionais, impulsiona ganhos de eficiência e cria novas possibilidades de crescimento. Os modelos atuais são treinados com bases de dados cada vez maiores, gastam mais tempo em inferência – com comportamento de raciocínio – e a multimodalidade está avançando em velocidade impressionante.” - Lucas Brossi, sócio da Bain.
Estudo “Inovação tecnológica, seu uso e os impactos na indústria brasileira” - Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES):
79,2% dos líderes das principais empresas brasileiras já usam inteligência artificial em seus empreendimentos;
Além disso, mais de 95% das companhias já têm, em seus planos atuais, o objetivo de implementar a IA em algum tipo de função;
Sobre a IA generativa, os números são menores, mas ainda assim relevantes. Dos entrevistados, 55,7% afirmaram que já usam GenAI, enquanto 34% dos executivos pretendem aplicar esse tipo de tecnologia nos próximos 12 meses;
Um terço dos executivos revelou que gasta entre 7% a 10% da receita em IA;
O Brasil é o nono país em investimentos de tecnologia - atrás do Canadá e da Índia, totalizando US$ 90 bilhões em 2024, sendo US$ 59 bilhões em tecnologia da informação e US$ 31 bilhões em telecomunicações;
Quanto aos desafios, o principal gargalo está na mão de obra: 53% diz respeito à falta de colaboradores para aprender e trabalhar com IA; 44% é a falta de pessoal especializado; 39% está a falta de regulamentação da IA no país.
“Só começamos a ouvir falar em inteligência artificial a partir de novembro de 2023. E constatar que, em empresas grandes, mais de 95% já usam ou vão usar IA até o ano que vem é uma informação muito relevante.” - Jorge Sukarie, conselheiro da Abes e responsável pelo estudo (entrevista ao NeoFeed).
Conheça aplicações práticas da IA no ambiente corporativo
A inteligência artificial tem se mostrado um motor de inovação corporativa, pois não somente otimiza os processos existentes, mas também abre possibilidades para outras iniciativas, como novos produtos, modelos de negócios e serviços.
Inovando processos internos:
Automação: realizar tarefas repetitivas de backoffice (atendimento, RH, jurídico, financeiro) é uma das aplicações mais recorrentes, abrindo espaço para que o pessoal foque em inovação.
Análise preditiva: identificar padrões e prever resultados futuros é a função da análise preditiva, além de identificar tendências de consumo, riscos e oportunidades de mercado.
Manutenção preditiva: sensores em fábricas podem reduzir custos e evitar falhas antes que elas ocorram através da análise de dados e monitoramento contínuo de equipamentos.
Atendimento e experiência do cliente inteligentes:
Assistentes virtuais: chatbots generativos que estão disponíveis 24 horas por dia e 7 dias por semana, com respostas humanas, personalizadas e contextualizadas.
Marketing preditivo: toda a estrutura das campanhas de marketing podem ser criadas e adequadas automaticamente com base no comportamento dos consumidores.
Recomendações inteligentes: algumas ferramentas, quando implementadas no e-commerce e varejo, sugerem recomendações inteligentes, ajudando a prever preferências e oferecer experiências hiperpersonalizadas.
Criando novos produtos e serviços:
Personalização em escala: serviços que se adaptam em tempo real ao perfil do consumidor, como os streamings, bancos digitais e outras empresas online.
Cocriação com o público: chatbots inteligentes coletam insights e dados que ajudam a desenhar produtos e serviços sob demanda.
Design generativo: ferramentas de IA que criam protótipos de produtos, como roupas, embalagens e software, com base em requisitos específicos.
Pesquisa e inovação:
Pesquisa de mercado com NLP: o Processamento de Linguagem Natural (ou Natural Language Processing) já tem sido utilizado para analisar milhões de dados e identificar tendências emergentes.
Descoberta de fármacos com IA: a inteligência artificial pode reduzir anos de pesquisa para meses, favorecendo a descoberta de medicamentos.
Gestão e tomada de decisão:
Inteligência de Negócios com IA de ponta: o business intelligence pode ser ainda melhor, não só apresentando os dados, mas interpretando e sugerindo ações estratégicas.
Análise de cenários: ferramentas de IA podem fazer simulações de impacto econômico, crises globais e mudanças no geral.
Descoberta de oportunidades: a IA tem a capacidade de cruzar dados internos e externos para sugerir novas oportunidades de mercado.
Quais são as vantagens de utilizar ferramentas inteligentes para fomentar a inovação?
Os números não mentem e mostram que investir em inteligência artificial favorece o crescimento, aumenta a lucratividade e fomenta a inovação nos ambientes corporativos.
Para trazer mais um exemplo, 65% das startups brasileiras tiveram aumento na eficiência operacional a partir do uso da IA, segundo o levantamento Founders Overview 2024, realizado pelo Sebrae Startups em parceria com a investidora de empresas em estágio inicial ACE Ventures.
Sobre os tipos de usos, o estudo apontou que a análise de dados é a principal função das ferramentas nas empresas brasileiras, com 27,4%, seguido pela automação de processos, com 24,8%, pela otimização do marketing, com 18,5% e 16,4% para personalizar a experiência do usuário.
Mas, enfim, quais são as vantagens desse uso? Confira:
Aumento da eficiência:
A automação de processos faz com que haja mais tempo e recursos para ações estratégicas, como criação e pesquisa.
A inovação passa a ter um papel de destaque, tornando-se parte essencial na rotina.
Tomada de decisão assertiva:
Os dados são analisados em segundos, mostrando padrões que passam despercebidos aos olhos humanos.
A tomada de decisões é mais assertiva, já que os líderes podem decidir com mais segurança e eficiência, reduzindo possíveis riscos.
Cultura de inovação fortalecida:
A inovação torna-se parte da cultura organizacional, assim como os insights, aumentando o engajamento dos colaboradores.
As equipes conseguem testar novas ideias com menor custo e maior respaldo.
Identificação de oportunidades:
Ferramentas de IA cruzam dados internos e externos para encontrar tendências e gaps do mercado, ajudando no processo de antecipação.
Isso faz com que as empresas consigam estar um passo à frente da concorrência.
Personalização em escala:
A capacidade de personalização em escala faz com que produtos, serviços e campanhas sejam customizados para cada consumidor, aumentando a fidelização e o engajamento.
Todas as ações de inovação passam a ser centradas nos usuários.
Redução de riscos:
As análises e manutenções preditivas ajudam a prever falhas em projetos, demandas do cliente e cadeias de suprimento.
A IA traz mais segurança para que as organizações possam investir em novas ideias sem resistências.
Diminuição de custos em P&D:
Tudo o que envolve o processo de Pesquisa & Desenvolvimento, como testes, simulações e protótipos, podem ser feitos digitalmente, reduzindo investimentos altos.
Fazendo com que haja a possibilidade de validar hipóteses de forma mais rápida.
Inovação a todo vapor:
O fato de monitorar dados em tempo real permite que as ferramentas promovam uma inovação contínua, e não pontual, mantendo a dinâmica que estes tempos exigem.
Ou seja, a transformação corporativa acontece a todo vapor, independente de grandes projetos anuais de inovação.
Sustentabilidade integrada:
A IA pode ser integrada às estratégias de ESG (Ambiental, Social e Governança), otimizando o consumo de energia, uso de recursos naturais e logística.
As ações de inovação passam a ser mais sustentáveis e responsáveis.
Vantagem competitiva promissora
As empresas que utilizam IA não apenas inovam mais rápido, mas mantêm-se em um ciclo sustentável e promissor de renovação.
Desafios ao integrar ferramentas de IA
Apesar das dezenas de benefícios, implementar ferramentas de IA pode apresentar alguns desafios, como a segurança e privacidade de dados, a necessidade de capacitação e especialização contínuas das equipes e as considerações éticas.
Por isso, as empresas que entendem a importância da IA e a enxergam como um motor de transformação, também precisam se preparar para lidar com os desafios desse novo momento, remodelando as estratégias e se posicionando à frente na corrida pela inovação.
O fato de coletar e utilizar grandes volumes de dados precisa ocorrer em garantia e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de outras regulamentações internacionais, dependendo do negócio. Sem uma estratégia clara para gerenciar e proteger esses dados, a chance de resultar em riscos significativos para a organização é grande, tanto em termos reputacionais quanto financeiros.
Se você precisa de ajuda para iniciar o processo de utilização da inteligência artificial para fomentar a inovação na sua empresa, conheça a NeuralMind. Nossa missão é ajudar empresas a adotarem IA de forma ética, responsável e segura - proteger os dados dessas organizações é prioridade.
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