Segurança e privacidade: como proteger dados sensíveis em soluções de IA
Com o crescimento do uso e da popularidade da inteligência artificial (IA), debates sobre segurança e privacidade de dados permeiam os processos de implementação dessas novas tecnologias.
Os dados de clientes, colaboradores e empresas são a base para que diferentes soluções de IA funcionem. Essas ferramentas tornam a rotina automatizada e produtiva, processando grandes volumes de informações de forma inteligente, ajudando a mitigar erros.
Conforme a tecnologia se torna cada vez mais promissora dentro das empresas, as discussões e os desafios sobre como garantir privacidade e segurança para dados sensíveis e informações confidenciais de clientes aumentam consideravelmente. Essa preocupação é relevante, já que algumas ferramentas não são transparentes sobre o modo com que elas usam os dados coletados.
Afinal, quais são as regulamentações do setor vigentes no país? Como formular políticas de privacidade adequadas, considerando ações como criptografia, controle de acesso e mecanismos de auditoria para garantir conformidade, segurança e transparência ao usar soluções de IA que acessam e tratam dados confidenciais?
Para entender melhor, leia o artigo que preparamos sobre o assunto.
O que você vai ver neste artigo:
LGPD e a privacidade de dados;
Princípios da LGPD aplicáveis à chatbots;
Como proteger dados em ferramentas de IA;
Política de privacidade; criptografia; anonimização de dados; controle de acesso; mecanismos de auditoria e outros tópicos sobre segurança e privacidade em ferramentas de inteligência artificial.
LGPD e a privacidade de dados
Antes de entender como é possível proteger dados sensíveis em soluções de IA, é importante reforçar sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), legislação que garante maior controle sobre informações e impõe obrigações às empresas quanto à coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais no Brasil.
Em linhas gerais, a LGPD estabelece que as empresas adquiram o consentimento explícito dos usuários antes de coletar seus dados, inclusive no meio digital, “com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural”.
Além disso, define ainda que as organizações com acessos a dados sensíveis ofereçam comunicações objetivas sobre como essas informações serão usadas. Caso não cumpram essas diretrizes, a LGPD prevê penalidades com multas, advertências, sanções, publicização da infração, e bloqueio e eliminação de dados, podendo até suspender ou proibir parcial ou totalmente o exercício das atividades que envolvam o tratamento de dados.
Para mais informações sobre a LGPD, acesse a íntegra da lei clicando aqui.
Princípios da LGPD aplicáveis à chatbots
Contratar um serviço de chatbot baseado em IA generativa pode automatizar processos importantes dentro de uma empresa, favorecendo a comunicação interna e externa. Nesse sentido, listamos a seguir princípios da Lei Geral de Proteção de Dados aplicáveis à chatbots - garantindo segurança e privacidade aos envolvidos.
Transparência: usuários de qualquer tipo, sejam clientes ou colaboradores, devem ser informados com transparência sobre o uso de seus dados, podendo exercer seus direitos de escolha e consentimento.
Segurança: todas as medidas técnicas e estratégias devem ter como principal objetivo proteger as informações, especialmente as sensíveis e pessoais.
Finalidade: os dados somente podem ser coletados para finalidades específicas e legítimas.
Necessidade: apenas os dados necessários devem ser coletados, armazenados e utilizados.
Como proteger dados em soluções de IA?
Para garantir a proteção e privacidade de dados pessoais e sensíveis de acordo com a legislação, além de promover e garantir um bom funcionamento das ferramentas baseadas em IA, é preciso considerar e aplicar medidas importantes. Confira algumas sugestões:
Tenha uma política de privacidade ética e colete os dados em conformidade com a LGPD:
A política de privacidade precisa ser construída de forma clara, ética e objetiva, munindo os usuários com informações completas e acessíveis sobre como seus dados serão coletados, armazenados e utilizados.
Ou seja, qualquer informação que for coletada e divulgada pelo chatbot ou outra solução de IA precisa ser informada: para qual fim será utilizada, com quem será compartilhada e quem vai ter acesso. Por isso, é necessário obter o consentimento explícito do usuário antes de coletar qualquer dado sensível, lembrando que o indivíduo tem o direito de revogar a autorização a qualquer momento. Na dúvida, consulte a LGPD e conte com profissionais capacitados.
Atente-se a coletar somente dados necessários:
Para evitar possíveis implicações negativas e prejudiciais aos usuários e às empresas na coleta e armazenamento de dados, é válido minimizar a quantidade de informações pessoais e sensíveis solicitadas nesse processo. Isto é, a coleta deve ser somente de dados realmente necessários.
Também é essencial implementar os controles de acesso e métodos de autenticação sólidos, restringindo o contato e o tratamento dos dados apenas para pessoas autorizadas. A autenticação de dois fatores, por exemplo, exige que o usuário ofereça duas formas de identificação para acessar um sistema, assim como a biometria e o uso de senhas seguras.
Essas ações visam verificar e confirmar a identidade do usuário antes de dar acesso a informações sensíveis e confidenciais, ajudando a evitar falsificação de identidade, acesso não autorizado e outros problemas de segurança e privacidade.
Faça uso de técnicas como criptografia e anonimização para assegurar dados pessoais e confidenciais:
A criptografia pode ser muito válida para proteger as interações e os dados trocados entre usuários e chatbots. Os dados criptografados são convertidos em um formato ilegível, podendo ser decifrado apenas por pessoas ou sistemas legítimos que tenham a chave de criptografia.
Em outras palavras, empresas que lidam com informações sensíveis de colaboradores ou clientes podem criptografar esses dados em todo o processo de coleta, armazenamento e tratamento, oferecendo respaldo de que somente os profissionais autorizados terão acesso.
Já a anonimização de dados visa remover ou mudar informações de identificação de um conjunto de dados, dificultando ou até impossibilitando a associação das informações a um indivíduo específico. A grande vantagem é que a anonimização transforma dados pessoais em dados não relacionados a uma pessoa que possa ser identificada ou identificável.
Acompanhe e avalie os riscos frequentemente:
Monitorar e avaliar os riscos com certa frequência pode assegurar a privacidade dos dados e corrigir problemas éticos de forma eficiente. Para isso, invista em mecanismos de auditorias internas e externas que validem a segurança, mantendo-se atualizado sobre as ameaças e vulnerabilidades nesse sentido.
A implementação de patches de segurança - atualizações que visam corrigir falhas de segurança em programas, ajudam a proteger os sistemas contra ataques e garantem a integridade dos dados.
Invista em chatbots e ferramentas de IA que não usam dados para treinamento:
Com tantas opções de IA no mercado, é fundamental investir em ferramentas que cumpram as obrigações de privacidade e segurança com base na LGPD, sobretudo aquelas que não utilizam os dados coletados para treinamento da máquina.
Seja qual for a ferramenta escolhida, a privacidade dos dados deve ser uma prioridade inegociável das empresas, fazendo com que estejam preparadas para adotar medidas efetivas que protegem informações sensíveis e pessoais de seus colaboradores e clientes.
NeuralBotX - IA generativa com privacidade
Os produtos da NeuralMind garantem segurança e privacidade, já que os dados não são usados para treinar modelos e seguem as diretrizes de proteção de dados. E esse é um diferencial do NeuralBotX, chatbot com IA generativa para empresas com diferentes necessidades corporativas.
Conheça mais sobre nossas soluções acessando nosso site.